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Abetre destaca que, recuperação energética é uma destinação adequada estabelecida em lei.

Abetre destaca que, recuperação energética é uma destinação adequada estabelecida em lei.

Jessica Melo

No segundo dia do Sustentar – Fórum de Energias Renováveis, Consumo Responsável, Agricultura Rural e Urbana, o foco foi a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e a tecnologia em energias renováveis. O evento começou na quinta-feira e termina nesta sexta, dia 23. Os painéis são divididos entre o Plenarinho da Assembleia Legislativa e o Auditório deputada Antonieta de Barros.

Carlos Alberto Nunes Bezerra, economista e diretor de desenvolvimento na empresa Solví, falou sobre a valorização energética de resíduos. O grupo iniciou as operações em uma termoelétrica de biogás no ano de 2011 em Salvador, na Bahia. O investimento foi de cerca de R$4 milhões por megaWatt (MW) – a geração máxima é de 20MW, mas geralmente opera com 15 MW. São 19 geradores de energia, que recebem resíduos urbanos em um aterro do município. Mais duas termoelétricas devem entrar em operação, uma em Minas do Leão, no Rio Grande do Sul, em maio de 2015, e outra em Caieiras, no Estado de São Paulo, com início previsto para agosto de 2015. A de São Paulo deve ser a maior termoelétrica que gera energia a partir do biogás, de acordo com Bezerra. “Nós estamos agora replicando esse modelo que deu certo”, destaca.

O diretor presidente da Associação Brasileira das Empresas de Tratamento de Resíduos (Abetre), Diógenes Del Bel, destacou que a recuperação energética é uma destinação ambientalmente adequada e está subordinada à hierarquia de prioridade. Primeiro, é preciso buscar a reciclagem.

Fernando Griso, professor do curso de engenharia ambiental da Universidade Federal Fronteira Sul, destacou as pesquisas sobre sustentabilidade no campus Chapecó. Um desses trabalhos é sobre as potencialidades de reaproveitamento de resíduos sólidos pelas madeireiras em Chapecó. Do volume de uma torna, apenas de 40% a 60% é aproveitado comercialmente. O objetivo da pesquisa é propor alternativas para resíduos buscando menor impacto ambiental e agregação de valor. O trabalho ainda não foi finalizado.

Já o assessor de Meio Ambiente da Fecam, André Miquelante, falou sobre a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) em Santa Catarina. Um dos objetivos da política é acabar com os lixões, que ainda somam 42% de todos os aterros no Brasil. De acordo com ele, todos os municípios catarinenses possuem aterros sanitários legalizados. No entanto, o Estado está muito atrasado na elaboração da políticas e planos para os resíduos. Segundo ele, falta informação e dinheiro para agilizar este processo. “Alguns municípios achavam que política e plano é a mesma coisa”, relata. Miquelante ainda comentou que muitos municípios já possuem políticas de saneamento básico, mas eles não contém o conteúdo exigido no quesito resíduos sólidos.

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Fonte: Economia SC Online